Páginas

Powered By Blogger

quinta-feira, 12 de maio de 2016

De Cristo, o mediador.
Texto base: Hebreus 8

Introdução:

         Um mediador de acordo com a visão bíblica é alguém que cuja função é reconciliar partes, alguém que fica entre dois, seja para estabelecer e restaurar a paz, ou firmar um pacto.  E sabemos que desde os primórdios do antigo testamento a relação entre Deus e o homem não são as melhores devido à queda (Gn. 3.6). E ali mesmo Deus promete que enviaria um mediador (Gn. 3.15). A partir de então um período transitório acontece entre o velho e o novo testamento. E já muito antes como sombra das coisas futuras Deus providencia Moisés, e os sacerdotes para serem estes mediadores na antiga aliança. Que seria apenas a sombra das coisas futuras, e haveria então a necessidade deste futuro concretizar-se na pessoa de Jesus assim sendo logo sabemos que:

I – Deus escolheu e ordenou seu filho Jesus Cristo, para ser mediador entre Deus e o homem (1Tm. 2.5).
a)      Não dando esta possibilidade a nenhum outro.

b)      Não dando razão a pedidos como há hoje para o quinto dogma mariano que tenta, tornar Maria, mãe espiritual de toda humanidade segundo os três principais aspectos: co- redentora, medianeira de todas as graças e advogada.

II – Deus o ordenou como:
a)      Profeta, (Atos 3.22)
b)       Sacerdote, (Hebreus 5.5-6)
c)        Rei (Isaías 9.6-7).
d)     Cabeça e Salvador de sua Igreja (Ef. 5.23)
e)      Herdeiro de todas as coisas (Hb. 1.2)
f)       Juiz do Mundo (Atos 17.31)

III – Deus o determinou para exercer o oficio de fiador fazendo-o

a)      Suportar o castigo devido a nós (Fl. 2.8)
b)      Satisfazer a justiça divina (Rm. 3.25-26, Hebreus 9.14)
c)      E adquirir a reconciliação, e a herança da Igreja no céu (Jo 17.2, 2Co. 5.18)

Conclusão:
         Cristo esvaziou-se de si mesmo, tomou a posição de mediador e como disse Charles Ryrie: “o ser humano somente poderia expiar seus pecados pessoalmente se sofresse eternamente a penalidade que o pecado exigia. O ser humano, claro, jamais poderia fazer isso”. E assim creio que Deus o Pai pode satisfazer sua justiça com o justo mediador Jesus Cristo, que morreu por nossos pecados e aplacou a ira divina sobre uma humanidade devastada pelo pecado, que só nos afastou de Deus, nos trazendo a morte, sabendo nós que só o sacrifício de Cristo. Nos reconciliaria com Deus.

Pr. José Douglas Machado Marques
IEC – Alagoa Grande – PB 

Bibliografia: 
Bíblia Sagrada, Teologia Sistemática, Louis Berkhof, Confissão de fé congregacional, Teologia básica ao alcance de todos, Charles C. Ryrie.




quinta-feira, 5 de maio de 2016

Do pacto de Deus com o Homem
Texto base: Romanos 5. 12-21.


Introdução:

          Quando estudamos sobre o pacto de obras, feito por Deus no jardim do Éden (Gn. 2.16-17), logo notamos que o homem não foi suficiente responsável para guardar ou cumprir este pacto (Gn 3.6), e a queda foi inevitável.
           Porém o Senhor Deus em sua infinita misericórdia neste mesmo jardim firmou um pacto de graça com este homem (Gn 3.15). Podemos afirmar, com a ajuda de nossa confissão de fé congregacional, que um pacto de graça é um acordo feito com o homem por meio do qual Deus gratuitamente oferece aos pecadores vida e salvação mediante Jesus Cristo, requerendo destes fé n´ele, para que possam ser salvos, e prometendo dar o Espírito Santo a todos quantos são ordenados para a vida, com o intuito de dispô-los e habilitá-los a crer (Jo 6.37, Ez. 36. 26-29). Porém agora é necessário aprendermos um pouco mais sobre este pacto da graça de acordo com alguns aspectos, que veremos adiante.



I – Comparação da Aliança da Graça com a Aliança das obras:
        Quando lemos o livro de teologia sistemática de Berkhof quando este fala da natureza da aliança da Graça, com Aliança das obras, ali a pontos de semelhança e pontos de diferença nesta comparação, vejamos alguns deles:

a)   Pontos de semelhança:

·        As duas alianças tem como autor, Deus, somente Ele poderia estabelecer tais alianças.

·        As partes contratantes em ambos os casos são Deus e o homem.


·        A condição e a promessa, ou seja, obediência como condição e vida eterna como promessa.

·        O objetivo geral  é a glória de Deus.



b)    Pontos de diferença:

·        Na Aliança das obras Deus comparece como criador e Senhor, (Gn. 1) na Aliança da Graça como redentor e Pai. (2Ts. 2.16)

·        Na aliança das obras o homem comparece como criatura de Deus, (Gn. 2.7) na Aliança da Graça ele comparece como um pecador, e só pode comparecer como parte tendo Cristo como fiador. (Rm. 3. 23-24)

·        Na Aliança das obras havia uma dependência incerta de um homem mutável,(Gn. 3.3, Gn 3.6) na Aliança da Graça esta repousava sobre a obediência de Cristo. (Rm. 5. 17-18)

·        Na Aliança das obras guardar a lei era o caminho da vida, (Tg. 2.10) na Aliança da Graça é a fé em Jesus Cristo o caminho da vida. (Jo. 14.6).



II -  A administração deste pacto no tempo da lei

a)      Não foi administrada como no tempo do Evangelho (2 Co. 3. 6-9)


b)      Foi administrado por meio de: promessas, profecias, sacrifícios, circuncisão, cordeiro pascoal e de outros tipos de ordenança dadas ao povo Hebreu. (Hb. 9. 1-10).


III – Sob o evangelho, quando foi manifestado Cristo, a substância, as ordenanças, pelas quais este pacto é dispensado, distribuído são:



a)      Pregação da palavra (Mt. 28 . 19-20)

b)      Administração dos sacramentos, Batismo e Ceia do Senhor. (1Co. 11. 23-25)





Conclusão:

  Podemos concluir citando as Sagradas Escrituras quando diz:  Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus;  nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio.  Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.  E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação. (Hb 9. 24-28). Em suma: soli Del glória, A Deus toda glória por tão grande redenção, oferecida por sua infinita misericórdia e graça.



Pr. José Douglas Machado Marques
IEC – Alagoa Grande – PB 


Bibliografia: 
Bíblia Sagrada, Teologia Sistemática, Louis Berkhof, Confissão de fé congregacional.



segunda-feira, 2 de maio de 2016

Tema: Jesus Cristo, verdadeiro Profeta
Texto Base:  Mateus 21.11


Introdução:

        Desde muito longe temos visto muito as expressões que denominam Cristo como Profeta, mas será que já paramos pra pensar no significado deste ofício? Na importância do profeta na vida do povo? E na influência de sua mensagem sobre as nossas vidas? Se não, chegou a hora de pararmos um pouco para assim pensar.

I – O  Ofício profético –

a)     Significado da palavra ofício –  Bom, para inicio devemos ter em mente que a palavra OFÍCIO significa um serviço, uma função, em suma aqui quando falamos sobre o ofício profético de  Cristo falamos sobre a função de Cristo como profeta.


b)      Significado da palavra profeta - No Antigo Testamento a palavra profeta vem do hebraico נביא -  nabiy’- porta-voz. No Novo Testamento a palavra profeta vem do grego  προφητης -  prophetes – também nos trazendo a ideia de um porta-voz, ou seja, um profeta é alguém que transmite os desígnios, o propósito, vontade de outro. Jesus Cristo como profeta veio anunciar a vontade de Deus.

Lucas 2. 29.30 -   Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra;30 porque os meus olhos já viram a tua salvação, (obs. Cantico de Simeão)



            
II – A importância do profeta no Antigo Testamento -


a)    O Profeta no Antigo Testamento tinha por finalidade, instruir o povo.

Isaías 40. 28-31 -  Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o Senhor, o Criador dos fins da terra, nem se cansa, nem se fatiga? Não se pode esquadrinhar o seu entendimento. 29 Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. 30 Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, 31 mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.


b)    O Profeta no Antigo Testamento tinha por finalidade, trazer o povo de volta as determinações da palavra.


1 Reis 18. 21-38,39 - 21 Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu. 38 Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. 39 O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!

c)     O Profeta no Antigo Testamento tinha por finalidade levar o povo a restaurar o culto a Deus.


Isaías  1.13 -  13 Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene.



d)    O Profeta no Antigo Testamento tinha por finalidade, apontar o Cristo que viria. 


Isaías 11. 1-5 - 1 Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. 2 Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. 3 Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; 4 mas julgará com justiça os pobres e decidirá com eqüidade a favor dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso. 5 A justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o cinto dos seus rins.


          e) – O Profeta no Antigo Testamento era alguém com quem Deus era intimo, e tinha intimidade com Deus.


Amós 3.7 - Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.



Obs: Cristo cumpriu todas estas finalidades, que os profetas do Antigo Testamento cumpriram. Por este, e outros motivos Ele também é profeta no Novo Testamento, e como tal ele é o cumprimento das profecias do Antigo Testamento, é reconhecido e aclamado, é maior que Moisés, e é o ungido de Deus. Vejamos:




III – Jesus como Profeta no Novo Testamento –

a)    É o cumprimento das profecias do Antigo Testamento

Apocalipse 22.16 - Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã. ( Obs: correlação com Isaías 11. 1-5)


b)    Reconhecido e aclamado com tal


 Lucas 7.16  - Todos ficaram possuídos de temor e glorificavam a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e: Deus visitou o seu povo. (obs: ressurreição do filho da viúva de Naim)



c)     Maior do que Moisés


·        Moisés  Conheceu Deus face a face  (Dt.34.10)
·        Jesus é o próprio Deus (João 10.30)

d)    Ungido por Deus


Lucas 4.18 -  O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos,19 e apregoar o ano aceitável do Senhor.


IV - A mensagem principal do Profeta Jesus era:


a)      Todos devem reconhecer seu estado pecaminoso


Lucas 5.32 - Não vim chamar justos, e sim pecadores arrependimento. 


b)    Todos devem arrepender-se de seus pecados.

Mateus 4.17b -   Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.


c)     Todos devem crer em seu nome, para ter a vida eterna


João 6.40 -  De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.




Conclusão:

        Cristo é a revelação de Deus a Todos os homens, e no seu ofício profético Ele é a infalível prova disto, agindo como verdadeiro profeta Ele nos traz a Luz, uma mensagem verdadeira e eficaz. E assim também podemos afirmar: UM GRANDE PROFETA SE LEVANTOU ENTRE NÓS. (Lc 7.16).

Pr. José Douglas Machado Marques
IEC Alagoa Grande - PB