Do
pacto de Deus com o Homem
Texto
base: Romanos 5. 12-21.
Introdução:
Quando estudamos
sobre o pacto de obras, feito por Deus no jardim do Éden (Gn. 2.16-17), logo
notamos que o homem não foi suficiente responsável para guardar ou cumprir este
pacto (Gn 3.6), e a queda foi inevitável.
Porém o Senhor Deus em sua infinita misericórdia
neste mesmo jardim firmou um pacto de graça com este homem (Gn 3.15). Podemos
afirmar, com a ajuda de nossa confissão de fé congregacional, que um pacto de
graça é um acordo feito com o homem por meio do qual Deus gratuitamente oferece
aos pecadores vida e salvação mediante Jesus Cristo, requerendo destes fé
n´ele, para que possam ser salvos, e prometendo dar o Espírito Santo a todos
quantos são ordenados para a vida, com o intuito de dispô-los e habilitá-los a
crer (Jo 6.37, Ez. 36. 26-29). Porém agora é necessário aprendermos um pouco
mais sobre este pacto da graça de acordo com alguns aspectos, que veremos
adiante.
I – Comparação da Aliança da Graça
com a Aliança das obras:
Quando lemos o livro de
teologia sistemática de Berkhof quando este fala da natureza da aliança da
Graça, com Aliança das obras, ali a pontos de semelhança e pontos de diferença
nesta comparação, vejamos alguns deles:
a)
Pontos
de semelhança:
·
As duas alianças tem como autor, Deus,
somente Ele poderia estabelecer tais alianças.
·
As partes contratantes em ambos os casos
são Deus e o homem.
·
A condição e a promessa, ou seja, obediência
como condição e vida eterna como promessa.
·
O objetivo geral é a glória de Deus.
b)
Pontos de diferença:
·
Na
Aliança das obras Deus comparece como criador e Senhor,
(Gn. 1) na Aliança da Graça como
redentor e Pai. (2Ts. 2.16)
·
Na
aliança das obras o homem comparece como criatura de
Deus, (Gn. 2.7) na Aliança da Graça ele
comparece como um pecador, e só pode comparecer como parte tendo Cristo como
fiador. (Rm. 3. 23-24)
·
Na
Aliança das obras havia uma dependência incerta de um
homem mutável,(Gn. 3.3, Gn 3.6) na
Aliança da Graça esta repousava sobre a obediência de Cristo. (Rm. 5.
17-18)
·
Na
Aliança das obras guardar a lei era o caminho da vida,
(Tg. 2.10) na Aliança da Graça é a
fé em Jesus Cristo o caminho da vida. (Jo. 14.6).
II - A administração deste pacto no tempo da lei
a) Não
foi administrada como no tempo do Evangelho (2 Co. 3. 6-9)
b) Foi
administrado por meio de: promessas, profecias, sacrifícios, circuncisão,
cordeiro pascoal e de outros tipos de ordenança dadas ao povo Hebreu. (Hb. 9.
1-10).
III – Sob o evangelho, quando foi
manifestado Cristo, a substância, as ordenanças, pelas quais este pacto é
dispensado, distribuído são:
a) Pregação
da palavra (Mt. 28 . 19-20)
b) Administração
dos sacramentos, Batismo e Ceia do Senhor. (1Co. 11. 23-25)
Conclusão:
Podemos concluir citando as Sagradas Escrituras
quando diz:
Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos, figura do
verdadeiro, porém no mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de
Deus; nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo
sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes
desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se
manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o
pecado. E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo,
depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar
os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam
para a salvação. (Hb 9. 24-28). Em suma: soli Del glória, A Deus toda glória
por tão grande redenção, oferecida por sua infinita misericórdia e graça.
Pr.
José Douglas Machado Marques
IEC
– Alagoa Grande – PB
Bibliografia:
Bíblia
Sagrada, Teologia Sistemática, Louis Berkhof, Confissão de fé congregacional.
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