Páginas

Powered By Blogger

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Pastor iraniano pode ser executado por não negar a Cristo

Ele teve duas chances para voltar ao Islã, nesta quarta-feira será sua última chance
Pastor iraniano pode ser executado por não negar a Cristo
Nesta quarta-feira, 28, o pastor iraniano Yousef Nadarkhani passará por mais um julgamento onde será obrigado a negar sua fé em Jesus Cristo, caso não o faça, será sentenciado à morte.
Sob a acusação de apostasia, o tribunal da província de Gilan determinou que ele devia negar sua fé em Jesus Cristo e voltar a ser muçulmano já que Nadarkhani vem de uma família de ascendência islâmica.
Os juízes do Supremo Tribunal do Irã afirmaram que,  embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.
Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”
Os advogados de defesa tentarão apelar para que revejam a sentença, mas  o tribunal pode agir segundo sua própria interpretação da Sharia (lei islâmica). Segundo a lei, ele teria três chances para se retratar, amanhã será a sua última chance, se ele não negar o nome de Cristo será executado.
Pedido do ministério Portas Aberta:
Ore pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que Deus o proteja e o livre da sentença de morte e possa ser liberto da prisão. Envolva mais pessoas para, juntos, intercedermos pelo nosso irmão.
Fonte: Gospel Prime

domingo, 25 de setembro de 2011


Cristãos mexicanos são ameaçados de crucificação por católicos tradicionais

Testemunhas disseram ter visto diversos evangélicos, incluindo um pastor, fazendo suas malas e ajuntando rapidamente seus pertences para partir.
Cristãos mexicanos são ameaçados de crucificação por católicos tradicionais
Pelo menos 70 cristãos evangélicos da região centro-leste do México foram expulsos pelas autoridades locais do local onde moram, região na qual moram muitos católicos tradicionais que, supostamente, ameaçaram crucificá-los e linchá-los.
Inicialmente, cerca de 50 famílias de cristãos protestantes foram obrigadas a deixar a vila em 12 de setembro, mas alguns foram autorizados a permanecer, sob a condição de fazer seus cultos fora da aldeia. Além disso, não podem evangelizar os católicos tradicionais da região, os quais praticam uma mistura de rituais indígenas e católicos.
O governo de Puebla se curvou diante da pressão e das exigências dos católicos tradicionais da aldeia de San Rafael Tlanalapan, a cerca de 100 quilômetros da capital, conforme informou o jornal La Jornada de Oriente.
Testemunhas disseram ter visto diversos evangélicos, incluindo um pastor, fazendo suas malas e ajuntando rapidamente seus pertences para partir. Segundo informações, isso aconteceu porque os católicos tradicionais da região disseram que iam “crucificá-los ou linchá-los”, caso eles não fossem embora após a determinação feita no dia 12 de setembro.
O prefeito da região colaborou com as expulsões dos cristãos, receoso de perder seu cargo, após a pressão dos católicos. A católica Irma Diaz Perez informou a decisão tomada: “Eles nunca mais vão voltar, pois nós temos leis contra eles e eles não têm permissão para ficar aqui”.
A perseguição contra os evangélicos no México não é atual. Em um caso, cristãos evangélicos foram proibidos de ter acesso a água. Alguns funcionários também relataram ataques contra famílias evangélicas em anos anteriores.
Tudo isso ocorre porque o México é um país tradicionalmente católico. Dessa forma, muitos evangélicos são detidos por crimes que não cometeram.

terça-feira, 20 de setembro de 2011


Senado homenageia Igreja Presbiteriana pelos seus 150 anos

A homenagem partiu do senador Marcelo Crivella como um reconhecimento ao trabalho desenvolvido pela denominação
Senado homenageia Igreja Presbiteriana pelos seus 150 anos
Na segunda-feira, 19, o Senado homenageou Igreja Presbiteriana do Brasil pelos seus 150 anos. O requerimento para a homenagem, marcada para as 11 horas, foi apresentado pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ).
Crivella diz que a homenagem constitui “singelo reconhecimento do Senado da República aos 150 anos do presbiterianismo no Brasil”. Ele salienta que a atuação dos presbiterianos “não se limita a prestar a essencial assistência religiosa, mas também a de atuar de forma valorosa em várias causas sociais, maiormente aquelas em prol dos mais desfavorecidos”.
A Primeira Igreja Presbiteriana do Brasil foi inaugurada em 1982 em um prédio localizado no Centro do Rio de Janeiro quando o  missionário Ashbel Green Simonton (1833-1867) recebeu a confissão de fé de duas pessoas.
A instituição evangélica, de tradição calvinista, é marco do presbiterianismo no país e pertence à família das igrejas reformadas ao redor do mundo.
Fonte: Gospel Prime

sábado, 17 de setembro de 2011

UMA BENÇÃO VOCÊ TAMBÉM PRECISA OUVIR

Joelson Gomes 

I- Rm. 6: 4-6, não fala que o batismo é por imersão?
a. Não. Aliás, ali não nem do batismo com água, mas do Batismo com o Espírito Santo, como regeneração do pecador convertido. Se nós quiséssemos que a palavra “sepultados” no texto significasse imergido, teríamos que provar que a sepultura naquele época e local era colocar alguém em baixo da terra, e não era. Benjamin Scott informa que: “No período referido (período áureo de Roma) era costume entre os romanos cristãos queimar seus mortos e conservar somente as cinzas em urnas”.[1] Quando não os incineravam, eles sepultavam, mas não em buracos no chão; eles usavam cavernas para isso. Estas cavernas continham escavações em suas paredes para colocar os mortos. Fazendo uma descrição minuciosa de como os crentes de Roma usavam este método, Scott diz que...

... galerias escavadas, que eram usadas como esconderijo ou sepulturas exclusivamente por cristãos, como se depreende das inscrições e do fato de serem os mortos enterrados ali, inteiros, separadamente, em loculi ou sepulturas cavadas, e não reduzidas a cinzas amontoados em buracos ou poços, como eram os pagãos... As galerias muitas vezes têm dois ou três metros de altura e, de um a dois de largura, porém algumas vezes são menos espaçosas. Ao redor de nós, fileira sobre fileira, em sucessão sem fim, se observam túmulos... .[2]
b. Não só os romanos, mas os judeus também sepultavam assim (Jo.11: 38-40; Mt. 27:57-61).[3]Portanto, os romanos, e judeus, que receberam a declaração de Paulo, não entenderam a imagem feita pelo apóstolo, comparando o batismo a morrer e sepultar, como se isso necessariamente implicasse em colocar alguém debaixo da terra, e assim sendo, que para o batismo deveriam imergir alguém em um rio ou tanque. Os movimentos de “descer e subir” não estão implicados nas frases: “Fomos, pois, sepultados” e “o seremos na semelhança da sua ressurreição”, como querem alguns[4]para simbolizar o batismo por imersão. O crente é “sepultado com Cristo na morte” não no momento do batismo com água, mas no momento de sua regeneração, por isso este texto fala de regeneração espiritual.
Note que Paulo também diz que quem foi batizado com o tipo de batismo que ele fala em Rm. 6. foi plantado com Cristo e foi crucificado com Cristo. Ora como representa isso na forma de batismo? Se, ser sepultado com Cristo é ser imerso, ser crucificado é ser o que? Como representar?Assim, o que o apóstolo fala aqui não tem nada que ver como o batismo com água, mas sim, com a regeneração, pois é ai que o ser humano é crucificado com Cristo (Gl. 6:14), morre o velho para nascer o novo.
II- Jesus não entrou na água (Mt. 3: 16; Mc. 1: 9-10)?
a. Claro que sim, mas não diz os textos que ele foi imerso. Entrar na água se entra para ficar com água nos tornozelos, pela cintura, pelo pescoço, etc., mas não é obrigado se imergir. Valendo salientar que todas as imagens que se tem até hoje, as mais antigas sobre o batismo de Jesus, é sempre de um homem com água pelos tornozelos ou pela cintura, e um outro derramando água sobre sua cabeça.

III- E Filipe e o Eunuco?
a. Concluir que o uso das expressões “descer a água” e “subir da água”, (At. 8: 38-39) implica necessariamente em imersão é ter um pouco de pressa. Berkhof mostra que esta conclusão não é obrigatória por que:
Um estudo cuidadoso do uso que Lucas faz da preposição eis demonstra que ele a usou não só no sentido de para dentro, mas também no sentido de para, de maneira que é inteiramente possível ler a importante afirmação do versículo 38, da seguinte maneira: “E os dois desceram para a água, tanto Filipe como o eunuco, e ali Filipe o batizou”.[5]
Eles podem ter chegado à beira da água sim, mas nem sequer entrado nela. Portanto, por estas palavras não se estabelecem a imersão. E até concedendo-se que tivessem entrado na água, também não quer dizer que houve imersão por esse fato. Pois é sabido que nem todas as vezes que alguém entra em água necessariamente se imerge.
Além do mais, se se interpreta estas expressões ao pé da letra, isto implicaria que os dois desceram e se imergiram, pois o autor usa sempre o plural e não faz distinção. “A propósito, as palavras “desceram à água... não afirmam nada sobre sua extensão ou profundidade”. Pode estar implícito uma imersão total, mas, nesse caso, o batizador e o batizando seriam submersos juntos, pois a afirmação se refere aos dois”.[6]
Sendo assim, pelo exposto até aqui, o vocabulário do texto de forma nenhuma apóia a imersão como forma batismal para o eunuco. Não se decide o fato tentando forçar argumentos lingüísticos, deve-se levar em conta na interpretação da passagem que, sendo Filipe um judeu, conhecedor das tradições do seu povo, do uso que faziam da água para as purificações por aspersão, é improvável que tenha mudado a forma das purificações que a sua tradição baseada na Lei prescrevia. 

IV- E a História o que diz?
Bem, na é possível estabelecer a imersão como forma do batismo baseado na história. Isto por que não existem evidências concretas preservadas. No que diz respeito ao rito do batismo praticado na Igreja Primitiva, a julgar pelos batistérios ocidentais e pela iconografia, o batizando entrava na água até a cintura. Recebia um jato de água ou mesmo o ministro do batismo derramava água sobre ele. Às vezes aparece um personagem impondo as mãos sobre a cabeça do batizando. [7] John Stott escreve sobre o fato:
Estamos longe de saber ao certo se os primitivos batismos eram feitos por imersão total; alguns quadros primitivos do batismo de Jesus, por exemplo, o retrata de pé dentro do rio, com água pela cintura, enquanto João Batista derrama água sobre sua cabeça. [8]
Assim, quem quiser usar a história para apoiar a forma imersionista de batismo, está usando dados incompletos, pois a mesma não esclarece este fato com precisão. “Não temos possibilidade alguma de reconhecer uma liturgia batismal do século I, pois falta-nos uma idéia precisa de como o batismo era administrado nas igrejas primitivas”. [9]
NOTAS

[1] As Catacumbas de Roma, 11ª ed. (Rio de Janeiro: CPAD, 1994), p. 72 (Parêntesis meus).
[2] Ibid, pp. 72-73 (Grifos meus).
[3] “O enterro tinha lugar numa caverna natural ou artificial (sepulcro) (Gn 49.29-32; Jz 8.32). As cavernas naturais eram alargadas e providas de nichos ou prateleiras, onde os corpos podiam ser colocados para descansar”. GOWER, Ralph. Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos (Rio de Janeiro: CPAD, 2002), p. 72.
[4] “Imersão em água não representa adequadamente o sepultamento e a ressurreição de Jesus... no seu sepultamento, o corpo de Jesus não foi colocado por baixo da terra, mas anteslateralmente, em uma sepultura aberta em uma rocha, a qual tinha uma entrada que podia ser tapada com uma pedra (Mt. 27:60). Não cobriram o corpo com terra”. LANDES, Philippe. Estudos Bíblicos Sobre o Batismo; o Modo de Administrá-lo 2ª ed. (São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1964), p. 39 (Grifo dele).
[5] Teologia Sistematica, p. 753 (Tradução minha). Para significados da partícula είς veja: RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do Novo Testamento, pp. 150-151.
[6] STOTT, John. A Mensagem de Atos (São Paulo: ABU, 1994), p. 180 (Grifo meu).
[7] Vd. BERADINO, Ângelo Di (org). Dicionário de Antiguidades Cristãs (Petrópolis: Vozes, 2002), pp. 218-219.
[8] STOTT, John. Romanos (São Paulo: ABU, 2000), p. 207.
[9] DRANE, John. A Vida da Igreja Primitiva (São Paulo: Paulinas, 185), p. 129.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Dia municipal dos evangélicos
Alagoa grande – pb

         Nos dias 09 e 10 de setembro de 2011 realizou-se mais uma festividade alusiva ao dia dos evangélicos. Este ano o conselho municipal de pastores optou para que a festividade acontecesse em dois dias, o que foi uma benção para todos que estavam no evento, que contou com a presença de centenas de irmãos.



E com a presença dos cantores, Fábio lobo, cristiano borges, ad souto, elisabete alves, samara e grupo gospel nova esperança.



 anunciandoa palavra de deus os pastores jadiel davi e sandro paiva. O público ali presente que diga-se de passagem lotou a praça do banco do nordeste no centro da cidade, louvou e adorou ao senhor de uma forma maravilhosa. Estiveram presentes no evento os pastores que fazem parte da  diretoria do conselho,  além de pastores das denominações da cidade de alagoa grande, ambos com suas respectivas igrejas.


Ficam votos de agradecimento aos pastores:

Antonio Valério  (Igreja Batista)
Jorge                        (Assembléia de Deus Madureira)
José Douglas         (Congregacional)
Manoel Duarte     (Glória de Deus)
Melquiades             (Apostólica Primitiva)
Paulo                         (Assembléia Madureira)
Gilbemar                  (O Brasil Para cristo)
Gomes                         (cepea)
Josildo
E também ficam os agradecimentos a prefeitura municipal de alagoa grande – pb. E o desejo de no próximo ano termos mais uma grande festa.

Matéria: Pr. José douglas machado marques. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

No Brasil, número de católicos é o menor em 140 anos

ANTONIO CARLOS LACERDA
Fonte: Pravda

SÃO PAULO-BRASIL - No início desta década, o percentual de católicos no país era de 74% da população brasileira, mas agora é de 68,43%. Mesmo com a queda em torno de 7% - entre 2003 e 2009 - a religião católica ainda é a maior no Brasil e do mundo, seguida pela evangélica e pelo espiritismo.

No Brasil, número de católicos é o menor em 140 anos. 15479.jpegPesquisa da FGV também mostra que o Espírito Santo, no Sudeste do Brasil, é estado com maior número de evangélicos não pentecostais, e o número de adeptos ao catolicismo é o menor no Brasil desde 1872, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A proporção de evangélicos, segundo a pesquisa, cresceu de 13,13% nesse mesmo período. Passou de 17,88% para 20,23% da população. E também aumentou o número de brasileiros que afirmou não ter uma religião. Eram 5,13% em 2003 e passaram para 6,72% em 2009.

Um dado curioso da pesquisa mostra que os homens são mais católicos que as mulheres. Entre os que professam alguma religião, 71,6% das mulheres são católicas contra 75,4% dos homens.

* Versão impressa
* + - Tamanho da Fonte
* Enviar para um amigo

O Estado com maior participação de evangélicos pentecostais é o Acre, no extremo Norte do Brasil (24,18%) e nas demais denominações evangélicas, que inclui as tradicionais, o líder é o Espírito Santo (15,09%). O Estado do Rio de Janeiro, no Sudeste do Brasil, é recordista em religiões espíritas (3,37%) e também nas afro-brasileiras (1,61%).

Os dados da pesquisa mostram que a maioria dos sem religião está na classe E (7,72%), seguida da classe AB (6,91%). Entre os católicos, os percentuais mais altos também estão nos extremos da distribuição de renda: 72,72% dos pobres e 69,07% nas classes AB.

A classe mais importante para os evangélicos pentecostais é a D (14,98%), seguida da E. Já as evangélicas tradicionais estão mais concentradas na faixa AB (8,35%) e C (8,72%).

O número de católicos continua caindo no Brasil, país que tem mais fiéis desta religião no mundo, e onde a porcentagem da população que se declara desta doutrina caiu de 73,79% em 2003 para 68,43% em 2009, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (23/08/2011).

Apesar de o catolicismo ainda ser a religião majoritária no país, a porcentagem medida em 2009 foi a menor desde 1872, quando uma pesquisa similar mostrou que 99,72% da população brasileira era católica, segundo o estudo "Mapa das Religiões no Brasil", divulgado pela Fundação Getúlio Vargas.

A redução do número de católicos no Brasil se acentuou nos últimos 30 anos, enquanto 88,96% dos brasileiros se declarou católico em 1980, essa porcentagem caiu para 83,34% em 1991 e para 73,89% em 2000.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, que baseou seu estudo em enquetes com cerca de 200 mil pessoas, a fuga foi maior entre os jovens entre 15 e 19 anos, quando 67,5% se declararam católicos em 2009, contra 75,2% em 2003 (perda de 7,7 pontos percentuais).

Precisamente no Estado do Rio de Janeiro, segundo o estudo, a porcentagem de católicos caiu para menos da metade da população (49,83%) e as pessoas que se declaram sem religião subiu para 15,95%.

POR QUE BATIZO POR ASPERSÃO (VI)


Joelson Gomes
O SIGNIFICADO DA PALAVRA BATISMO
Muitos dizem que o significado da palavra batismo é imergir, e se ela significa imergir então batizar é mergulhar. Será que é assim? Observe uma análise de algumas palavras pertinentes ao caso:
a) As autoridades no idioma grego dão como definição para estas palavras um significado variado. Por exemplo:
1- O famoso A Greek-English Lexicon the New Testament and Other Early Christian Literature, traz o seguintes significados: – 1.βαπτιζω (baptizô): mergulhar, imergir. Mergulhar a si mesmo, lavar, ensopar. 2. O ritual de lavagens dos judeus (Mc. 7:4; Lc. 11:38); 2.βαπτισμός (baptismós) - mergulho, lavagem de pratos (Mc. 7:4, 8). Ritual de lavagens (Hb. 9:10).[1]
2- O grande dicionarista Joseph Thayer observa sobre os termos: 1.βαπτιζω (baptizô) - mergulhar repetidamente, imergir, submergir, lavar inteiramente com água; 2.βαπτισμός (baptismós) - uma lavagem, purificação efetuada com água (Mc. 7:4,8), lavagens prescritas na lei mosaica (Hb. 9:10).[2]
3- Carlo Rusconi apresenta as seguintes definições para os termos: 1.βαπτιζω (baptizô) – lavar, imergir, fazer abluções; 2.βαπτισμός (baptismós) - ato de lavar, banho, ablução; 3.βαπτω (baptô) – imergir, embeber, tingir (Ap. 19:13). [3]
4- Elsa Tamez L. e Irene W. de Foukes definem– 1.βαπτω (baptô): molhar, empapar. 2.Βαπτιζω (baptizô) – batizar, lavar-se em forma ritual. 3.Βαπτισμός (baptismós) – cerimônia de purificação, batismo, ablução, lavamento. [4]
b) Deve-se notar também que a palavra βαπτίζω (baptízô) quando unida a água nos evangelhos sempre se refere a lavagem para um propósito religioso, seja ao batismo cristão, ou as cerimônias judaicas, mas não está estritamente implicada a imersão. A transição do idioma grego, do Antigo para o Novo Testamento, traz algumas mudanças em palavras, e βαπτω (baptô) e βαπτίζω (baptízô) estão entre estas palavras que mudam. “Juntamente com bápto, “imergir”, o uso do verbo baptizo é alargado: ele perde o significado clássico de “imergir, submergir” e transforma-se em um termo técnico para indicar a administração do batismo (báptisma e baptismós)”.[5]
Existem várias passagens para provar isso.
a) Mc. 7: 3-4:
Os fariseus e todos os judeus não comem sem lavar as mãos cerimonialmente (νίψωνται), apegando-se, assim, à tradição dos líderes religiosos. Quando chegam da rua, não comem sem antes se lavarem (βαπτίσωνται). E observam muitas outras tradições, tais como o lavar (βαπτισμούς) de copos, jarros e vasilhas de metal) (NVI).
A atenção a este texto é essencial, aqui. Marcos está se referindo a cerimônia judaica de sempre lavar as mãos antes das refeições. No verso 3 ele usa o verbo νίπτω (niptô = lavar, lavar uma parte do corpo, cf. Mt 6:17) (νίψωνται = nipsôntai),[6] mas no verso 4, continuando a falar da mesma cerimônia de lavagem das mãos, ele usa o verbo βαπτίζω (baptízô) (βαπτίσωνται = baptísôntai), e o substantivo βαπτίσμός (baptísmós) (βαπτισμούς = baptismoús). Assim, o uso que Marcos faz destas palavras indiscriminadamente, mostra que as mesmas podiam ser usadas como sinônimas na sua época, para descrever a mesma cerimônia de lavagem das mãos.[7] Para Marcos batizar é a mesma coisa que lavar, não apenas imergir, pois estas cerimônias de lavagens das mãos não eram feitas mergulhando as mesmas na água. Comentando Mt. 15:2, onde aparece uma referência a mesma prática e é usada a palavra grega νίπτω (niptô), Fritz Rienecker observa:
Havia minuciosas e meticulosas prescrições que diziam como devia acontecer a lavagem das mãos. Duas vezes tinha de ser derramada água sobre as mãos até os pulsos e partir de um recipiente qualquer (...). Para cada ablução estava prescrito um pouco mais de um decilitro de água (...). Além disso havia uma série de prescrições sobre a forma da vasilha, sobre a maneira de derramar a água, sobre quantas pessoas podiam ser lavadas simultaneamente, quem era indicado para derramar a água de forma válida, etc., etc (Grifos meus).[8]
Exemplos assim deixam claro que os evangelhos não empregam a palavra βαπτίζω (baptízô) apenas com o sentido de imergir.
b) Lucas, ao escrever sobre esta cerimônia de lavagem das mãos descrita acima, usa também a mesma palavra.
Mas o fariseu, notando que Jesus não se lavara cerimonialmente (έβαπτσθη ) [9]antes da refeição, ficou surpreso (11:38 NVI).
Estas cerimônias de lavagem das mãos eram feitas com alguém derramando água sobre as mãos de outro (cf. 2Rs. 3:11), e não imergindo as mesmas em qualquer recipiente como já visto.
c) Atos dos Apóstolos. O livro de Atos também faz um emprego da palavra βαπτιζω esclarecedor.
Pois João batizou (έβάπτισεν) com água, mas dentro de poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo (At.1:5).
A comparação de Jesus é clara. Ele esclarece que como João batizou com água, os discípulos iam ser batizados com o Espírito Santo. Acontece que quando Pedro vai explicar este batismo prometido por Jesus e cumprido no Pentecostes (At. 2: 1-4), ele não diz que os discípulos foram imersos no Espírito Santo, mas que o Espírito foi derramado (έξέχεεν = éxécheen) sobre eles [10], At.2:33; cf.2:17. Vd. Ez. 36:25; Jl. 2:28-29; Lc. 24:49). O batismo, portanto, foi um derramamento. Assim, derramar é claramente empregado como sinônimo de batizar.
d). A Carta aos Hebreus. Neste texto existem algumas passagens que convêm prestar atenção.
Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade, sem lançar novamente o fundamento do arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus, da instrução a respeito de batismos (βαπτίσμών = baptísmôn) da imposição de mãos, da ressurreição dos mortos e do juízo eterno (Hb. 6:2. NVI).
O autor aqui usa a palavra batismo no plural, é lógico, portanto, que ele não trata do batismo cristão, pois os cristãos não praticavam muitos batismos, só um. Ele trata então das purificações judaicas do Antigo Testamento (Lv. 10: 8-11. 11; 12-15; 14:7; 15: 5; 16: 24-28; Nm. 19: 17-22).[11]E estas purificações judaicas como já foi visto na parte III, não eram feitas por imersão, mas por aspersão.
O contexto da Carta aos Hebreus apóia esta interpretação. Observe-se o uso que o autor faz da mesma palavra batismo em Hb. 9:10.
Eram apenas prescrições que tratavam de comida e bebida e de várias cerimônias de purificação com água (βαπτισμοίς = baptismoís); essas ordenanças exteriores foram impostas até o tempo da nova ordem (NVI).
O autor novamente fala de “batismos” (plural), e diz que estes batismos existiam até o tempo da Nova Aliança. Comentando este texto Hodge esclarece que tipos de batismos são esses:
Pelo contexto imediato fica claro que eram batismos com “o sangue dos touros e bodes e as cinzas de uma novilha espargidas sobre os imundos” (Hb. 9:13). O apóstolo contrasta o culto dos Tabernáculos com a dispensação cristã. No Primeiro, havia regulamentos com respeito a comidas e bebidas, e diversos batismos e ordenanças acerca da carne. O sangue dos diferentes animais, ou as cinzas de uma novilha, aspergidos sobre os imundos, santificavam quanto a purificação da carne. Na segunda, isto é, na dispensação cristã, é o sangue de Cristo que é eficaz. No primeiro, “Moisés,... tomou o sangue dos bezerros e dos bodes, com água, lã escarlate e hissopo, e aspergiu o próprio livro e também todo o povo... E, além disso, aspergiu também com sangue o Tabernáculo e todos os vasos do ministério” (Hb. 9:19-21). Sem discussões, estes são os “diversos batismos” a que se refere o v. 10 deste capítulo.[12]
e) Algo que ainda deve ser notado é o jogo de palavras do texto. Ao falar das purificações da Lei, no verso 10, o autor usa a palavra βαπτισμοίς (baptismoís), mas falando destas mesmas purificações nos versos 13, 19 e 21, explicando-as, o autor usa o verbo ραντίζω (rantizô = aspergir), porque as purificações eram feitas desta forma. Isto torna visível que o autor de Hebreus usava as duas palavras batismo e aspersão como sinônimas.
f) O Apocalipse. Encontra-se anda o verbo βαπτω (baptô) empregado em Ap. 19:13.
Está vestido com um manto tingido de sangue, e o seu nome é Palavra de Deus.
É impossível ao ler este texto e não se lembrar de Is. 63:3, onde é retratado o estado das vestes daquele que pisa o lagar:
Sozinho pisei uvas no lagar; das nações ninguém esteve comigo.Eu as pisoteei na minha ira e as pisei na minha indignação; o sangue delas respingou na minha roupa, e eu manchei toda a minha veste (NVI).
As vestes de quem pisa as uvas no lagar não ficam sujas por imersão, elas ficam salpicadas, tingidas, respingadas. Por isso βαπτω (baptô) é muito bem traduzido neste texto por: salpicar, tingir, respingar.
Portanto, o grego do Antigo e do Novo Testamento não fornece autoridade para se usar baptô, baptizô ou baptismós com o sentido único de imersão. As palavras não podem assumir um significado à margem de seu contexto e de sua análise lingüística. Quando se olha mais detalhadamente estas palavras é claro que são sinônimas rantizô= aspergir, e o uso das mesmas palavras com o significado de aspersão está no grego tanto do Antigo (LXX) como do Novo Testamento.
Continua...
NOTAS
[1] ARNDT, William F. and GINGRICH, F. Wilbur. A Greek-English Léxicon of the New Testament and Other Early Christian Literature (Chicago: The University of Chicago Press, 1952), pp. 131-132.
[2] A Greek-English Lexicon of the New Testament (Chicago: American Book Company, s/d.), pp. 94-95.
[3] Dicionário do Grego do Novo Testamento (São Paulo: Paulus, 2003), p. 93.
[4] Diccionario Conciso Griego – Español del Nuevo Testamento (Stuttgart: SBU, 1978), p. 32.
[5] Vademecum para o Estudo da Bíblia 2ª ed. (São Paulo: Paulinas, 2005), p. 165. Para o assunto das mudanças do grego da LXX para o do Novo Testamento, Ibid. pp. 159-167.
[6] Esta palavra é usada geralmente com significado de lavagem de uma parte do corpo, no presente caso, as mãos. BRATCHER, Robert G.; NIDA, Eugene A. A Translator’s Handbook on the Gospel of Mark (London: United Bible Societies, 1961), p. 220.
[7] “A palavra Baptsontai é provavelmente explicada como denotando a mais completa forma do ritual de lavagem, aspersão com grande quantidade de água da bacia, que era necessária para a contaminação pelo contato com a praça do mercado”. CRANFIELD, C. E. B. The Gospel According to Saint Mark (Cambridge: Cambridge University Press, 1959), p. 234 (Tradução minha). Vd. também, TAYLOR, Vicent. The Gospel According to St. Mark (London: Mcmillan, 1969), p. 236.
[8] Evangelho de Mateus (Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 1998), pp. 262-263.
[9]Έβαπτ…] Este uso da palavra mostra que esta não implica necessariamente em imersão de todo o corpo, mas refere-se às mãos que os Fariseus lavavam antes das refeições”. Vd. ALFORD, Henry. Alford’s Greek New Testament. An Exegetical and Critical Commentary (Grand Rapids: Guardian Press, 1976), p. 557.
[10] Έξέχεεν é a terceira pessoa, aoristo segundo, indicativo ativo de έκχέω, verbo variante de εκχυνω, que sugnifica: derramar, aspergir. Vd. RUSCONI, Carlo. Dicionário do Grego do Novo Testamento, pp. 160-161.
[11] FABRIS, Rinaldo. As Cartas de Paulo (III) (São Paulo: Loyola, 1992), p. 447.
[12] O Batismo Cristão. Imersão ou Aspersão? p. 23.